A noite do último domingo, dia 25, foi de reconciliação em Nova Iguaçu, no RJ, pois o ministro de louvor Davi Sacer, juntamente com sua esposa Verônica, retornaram ao Ministério Apascentar, presidido pelo Pr. Marcus Gregório. Desde dezembro, quando o Pr. Marcus Gregório, e os integrantes do grupo Trazendo a Arca entraram em acordo e todas as pendências judiciais foram anuladas, Davi frequentava a igreja em companhia de sua esposa. Dias atrás eles tinham rompido com o Grupo Trazendo a Arca, como os mesmos postaram em seus twitters, em uma saída pacífica, para seguir em carreiras solos.
Unidos todos estes fatos, o Pr. Marcus Gregório anunciou no culto da manhã que a noite teria uma grande surpresa e, por este motivo, a igreja à noite estava lotada, e faltando uns quinze minutos para o fim da reunião, o Pr. Marcus convidou o casal para subir ao altar, e foram recebidos com aplausos por toda a igreja, ao subir cantaram um louvor, e depois pediram perdão à igreja. O Pr. Marcus Gregório, que já ministrava a algum tempo sobre "perdão", comunicou a todos os presentes a volta do casal ao grupo de membros do Ministério Apascentar. E todos encerraram o culto cantando o hino “Restitui”, grande sucesso do Toque no Altar na voz do casal.
O Ministério Trazendo a Arca vem comunicar aos queridos irmãos, colaboradores, assim como aos contratantes o desligamento dos irmãos Davi e Verônica Sacer, que desde de 10/04/2010 não mais estarão acompanhando o ministério Trazendo a Arca em suas ministrações, por decisão dos mesmos que optaram por continuarem cumprindo seus chamados em suas carreiras solo. Queremos também de antemão nos antecipar a qualquer tipo de especulações ou maledicências de que tal decisão tenha sido ocasionada por brigas ou coisas do gênero, mas ao contrario disso, de comum acordo tal decisão tem a total aprovação assim como a benção dos demais membros do ministério Trazendo a Arca. A partir desta data fazem parte do Ministério Trazendo a Arca: Luiz Arcanjo, Ronald Fonseca, André Mattos, André Rodrigues e Isaac Ramos que prosseguirão normalmente com os compromissos e novos projetos do ministério e que também continuarão contando com a intercessão dos amados irmãos, amigos e pastores, assim como o Ministério dos irmãos Davi e Verônica Sacer. Agradecidos desde já pela compreensão e intercessão dos amados irmãos, desejamos que a graça e a paz do Senhor Jesus Cristo seja com todos.
Em vídeo na internet Davi Silva, do Ministério Casa de Davi, pediu perdão no último dia 12, por ter contado falsos testemunhos de cura. Desde 1999 parceiro missionário de Mike Shea, ele admitiu que mentiu ao testemunhar a cura da Síndrome de Down, passando por "sonhos, visões e arrebatamentos".O vídeo é um desabafo. Ele pede perdão por ter mentido à família, ministério e a Igreja do Senhor. “Estou escrevendo este texto e também fazendo um vídeo, porque eu contava esses testemunhos desde 1999, tanto em solo brasileiro, como em viagens para os Estado Unidos, Nova Zelândia, Austrália, Argentina, Paraguai e Uruguai. Eu contava em nossos seminários, em clínicas pastorais, conferências proféticas e apostólicas que reuniam pessoas do mundo inteiro. Esses testemunhos foram gravados em CDs e DVDs, comprados e espalhados para lugares onde só Deus sabe. Pessoas ouviram os meus testemunhos e não sabendo que continham mentiras, escreveram em blogs, revistas, e livros. Deram entrevistas, como eu também tenho dado, em rádio e televisão, repassando verdades e, infelizmente, as mentiras contidas em meus testemunhos”, relatou. Davi Silva disse que está arrependido e envergonhado e sofre com este mal desde a infância. O ministro continua no ministério Casa de Davi em Londrina até passar por todo processo de restauração. Mike Shea endossou as palavras do amigo.“As mentiras do Davi não anulam a realidade do sobrenatural de Deus. As mentiras do Davi não anulam as verdades da Palavra de Deus. Tampouco as mentiras anulam as experiências que você teve com Deus em nossos seminários”, resumiu.
Nos últimos dias temos visto muitas pessoas confusas e sem muito entendimento, questionando- se o que estaria errado na teologia da prosperidade. Antes de qualquer coisa é preciso entender o que é essa linha de pensamento teológico que vem trazendo muitos descontentamentos no meio evangélico em geral. A chamada teologia da prosperidade, que também pode ser nomeada de confissão positiva, ou evangelho da saúde e da prosperidade, surgiu nos Estados Unidos no inicio do séc. XX. Basicamente a doutrina desta corrente é de que os que são fieis de forma verdadeira, devem gozar de plena saúde e de uma abastada vida financeira, ou seja, se você serve a Deus não pode passar por apuros financeiros ou por problemas de saúde. Hoje, muitos homens conhecidos mundialmente, difundem a teologia da prosperidade pelos países onde passam, entre eles figuram nomes como: Benny Hinn, David (Paul) Yonggi Cho, Mike Murdock e Morris Cerulo, homens que vendem milhões de livros sobre o este tema. Aqui no Brasil, o mais famoso nome relacionado à teologia da prosperidade, é o do Bispo fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, mas nomes como o de R.R. Soares, Marco Feliciano, Estevam Hernandes, Waldomiro Santiago e, Sillas Malafaia têm muitas de suas pregações fundamentadas na teologia da prosperidade, e são nacionalmente conhecidos.
Mas qual é o problema de teologia da prosperidade? É indubitável que pregadores desta corrente atrem a atenção de milhões de pessoas, realizam eventos megapirofágicos, estão massivamente na mídia e, sim! Levam muita gente a conhecer o evangélho por seu trabalho, e nisto não há mal algum, o nome de Jesus deve ser sempre anuncuido e não importa os meios. Mas a quetão não implica somente nisto, o problema que envlove todo esse embrólio religioso, é que muitas pessoas vêm a Cristo, não porque são tocadas, reconhecendo suas debilidades, ou a soberania de Jesus em tudo, ou ainda porque reconhecem em sí mesmas a necessidade de amá-lo de todo o corção, mas são levadas à conversão pelo o que podem receber de Deus se “semearem” valores estabelecidos pelos oradores que baseados em textos fora de contextos, insentivam apenas a este “semear”, e na maioria dos casos não estimulam às pessoas a honrar ao Senhor, amá-lo sobre todas as coisas, serví-lo de todo o coração e em qualquer circuntância.
Esta forma de entendimento, está formando crentes raquíticos que não conhecem a palavra, pois não são ensinados. A teologia da properidade incentiva ao consumismo, leva às futilidades e apego demasiado ao dinheiro, contrariando totalmente o que diz a palavra de Deus (Mt. 6:19-21). Muitos têm visto Deus como um gordo e avaro banqueiro, que está sempre pronto a repartir as suas benesses para quem pagar bem, assim, o fiel é aquele que paga e o faz pela fé. Em muitos lugares o significado de oferta perdeu o sentido original, o apóstolo Paulo quando fala em sua segunda carta aos coríntios cap. 9 verso 7, diz claramente para que cada um contribua o que lhe vier ao coração, com alegria e não por tristeza nem tão pouco por obrigação. Mas hoje o sentido dado à oferta tem uma conotação de troca, se alguém der um determinado valor receberá uma recompensa divina, mas o que estão deixando de lado é o fato de que Deus não se deixa manipular por quem quer que seja. As ofertas devem ser para o mantimento da obra e para auxílio dos necessitados, isto é o que está contido em 2ª Co. 9, aqui Paulo está falando aos coríntios da oferta prometida por eles aos pobres irmãos da Judéia e não para que ele comprasse um vultuoso navio para suas viagens missionárias.
Na verdade o que tudo isto tem gerado, são decepções, fragorosas decepções de muitos, ao passo que suas expectativas de frutuosas bênçãos em função de uma determinada semente, não chegam, culpam Deus por algo que ele não prometeu, e em muitos casos acabam voltando para o lugar de onde nunca saíram, suas vidas egoístas e vazias, baseadas apenas nos seus bens e na força de seus braços, isto porque seus corações nunca estiveram de forma verdadeira em Deus e no seu amor (Mt 6:19-21 e 19:21).
Mas se você estiver se perguntando agora se deve ou não ofertar e dizimar, a resposta é sim, isto é bíblico (GN. 14:20 – Lv. 27:32 – Nm. 18:21, 26, 28 – 2ºCr. 31:12 – Ml. 3:10) . Devemos ofertar e dizimar, mas isto não tem nada de troca financeira ou de vantagens, e sim fidelidade a Deus. Ofertamos por que somos fiéis e gratos pelo amor do senhor por nós, e não por que temos a ambição de adquirirmos algum bem muito valioso, como: Um carro ou uma casa e aí por diante. Se você for fiel a Deus em todas as coisas, no seu agir, no seu pensar, no seu falar, honrando ao Senhor com sua vida, certamente Deus irá te abençoar abundantemente, mas isto não quer dizer que não passará por alguns momentos difíceis, mesmo por que o Senhor permite que nos venham provações, tal como foi com Jó, e isto não quer dizer que você esteja em pecado, como dizem os muitos adeptos da teologia da prosperidade, “...Se você está passando por necessidades e dificuldades, é por causa do pecado, de demônios e da sua falta de fé...” Mas talvez, as dificuldades enfrentadas por alguém no entanto, sejam por falta de ensino, pouca experiência, falta de organização, discernimento, e até mesmo por preguiça, estes casos não são de cunho espiritual, e sim de atitude e de caráter, e devem ser tratados como tal.
Outro ponto pertinente, que não deve ser deixado de lado, é a idéia equivocada de retribuição, onde se exprime o seguinte: “Se você fizer a sua parte, Deus fará a dEle, entretanto, se você deixar de fazer a sua parte, então Deus nada fará.” Este é um entendimento incongruente com relação à palavra de Deus, ou seja, está em desacordo com o que a bíblia diz no salmo 103:3-18, que revela-nos a profunda misericórdia do Senhor pelo homem, e Seu reconhecimento de que somos errantes, e assim não nos trata segundo os nossos pecados nem nos recompensa segundo nossas iniqüidades (vs10), isto implica no seguinte, Ele não nos castiga como merecemos pelos nossos pecados e maldades, mas, por sua graça nos perdoa e nos cura de todas as nossas enfermidades, e como um pai bondoso abençoa a todos quantos cumprem os seus estatutos e mandamentos, guardando sua aliança que vem por intermédio da obra redentora de Jesus Cristo na cruz. Desta forma, vai-se na contra-mão do que diz a teologia da prosperidade, de que se deve sacrificar, ter uma contra-partida para obter a resposta do Senhor naquilo que se busca, e este é um grande equivoco desta teologia, que numa visão mais abrangente tende a anular a graça de Deus para com o homem, preterindo-a pela “lei” da retribuição: Pagou, Levou.
A Teologia da prosperidade impõe a idéia de que não se pode ser um derrotado, e isto é mesmo verdade, mas, no entanto, não expõe que segundo seus conceitos, ser um derrotado, em tese, é ter um salário de menos de mil reais por mês, acordar cedo para ir ao trabalho, etc. E aí está mais um grande erro desta teoria teológica, pois leva as pessoas ao pensamento inverídico de que ser pobre é algo deplorável e pormenorizado, o que para tanto, biblicamente não se encontra base alguma. Muitos dos homens que difundem a teologia da prosperidade, de fato são prósperos, talvez pelo fato de nunca terem sido pobres, ou seja, nasceram em “berços de ouro” e realmente não sabem o que é viver de forma modesta ou quanto custa viver do próprio suor, como diz a palavra de Deus, que o homem comeria do fruto do seu trabalho. É óbvio que devemos sempre buscar a melhoria das nossas condições de vida, mas de forma consciente, através do trabalho e da fidelidade ao Senhor em todos os aspectos. Desta forma seremos abençoados como foi o rei Salomão (2ªCr. 1:10-12), que não pediu riquezas a Deus, e sim sabedoria, e pela sua humildade e subserviência, foi abundantemente favorecido por Deus até o momento em que se manteve íntegro diante do Senhor. Que nestes dias possamos nós crescer no conhecimento da palavra da verdade, e termos como alvo a salvação dos perdidos e não as riquezas que Deus pode nos dar, pois de nada vale sermos abastados materialmente e miseráveis diante de dEle.
O Livro de Eli tem uma história simples e limpa, porém, interessante, que vai sendo revelada aos poucos ao longo do filme. Seu enredo apocalíptico e aventureiro me cativou, além da fotografia maravilhosa e da trilha sonora bem feita que faz o peito vibrar nos momentos precisos. Surpreendi-me com o papel do Denzel Washington, pois nunca o vi em filme sem envolver policiais (Pelo menos não sentimos falta das armas!). Também, como amante das obras de M. Night Shyamalan, me senti extremamente satisfeito com a surpresa muito bem bolada que aparece ao final do filme.
Mas vamos falar um pouquinho mais sobre a história. Afinal, a mídia é um meio de comunicação poderoso e os filmes são um reflexo da cosmovisão de quem os criou, portanto, é necessário entendermos bem a ideia que está sendo passada.
O filme reflete o título; trata-se da peregrinação de Eli (Denzel Washington) para o oeste dos Estados Unidos com a missão de lá encontrar um lugar seguro para a última cópia da Bíblia existente (talvez do mundo... não foi detalhado). A história ocorre num período e ambiente pós-apocalíptico, depois que uma guerra mundial (e aparentemente provocada por motivos religiosos) destruiu o meio ambiente de tal forma que abriu um buraco na camada de ozônio (fato deduzido, pois não é bem explicado no filme) e, assim, permitiu que os raios solares queimassem toda vida na superfície da Terra, destruíssem recursos naturais, evaporassem reservas de água e matassem grande parte da população. Trinta anos depois desse desastre, encontramos várias comunidades precárias ressurgindo e muitos indivíduos se aproveitando dos outros pela astúcia, força e ganância. É um verdadeiro caos. Eli é um homem numa viagem solitária e está determinado a chegar ao seu destino, custe o que custar, pois Deus lhe havia dado a missão de proteger a Bíblia e lhe prometido que, até ele chegar ao final, ele seria protegido e ninguém nem nada o impediria. O filme enfatiza bastante o fato de que Eli lê a Bíblia todos os dias e que conhece bem as palavras e entende a importância do livro. O problema surge quando Carnegie (Gary Oldman), homem de poder num pequeno vilarejo, descobre que Eli carrega a última cópia da Bíblia e decide tomá-la para si mesmo. Carnegie está convencido de que, se possuir o livro e utilizar as suas palavras, poderá controlar e manipular a comunidade, solidificando sua ditadura. Sua explicação é de que isso já havia funcionado no passado e que, com certeza, o povo lhe obedeceria novamente se ele usasse a Bíblia como fonte de autoridade. Eli, obviamente, não entrega a Bíblia e começa, então, a perseguição do Carnegie.
Bom, não detalharei mais. Recomendo que assistam ao filme, tanto pela história como pela arte, e especialmente pelo final J. No entanto, gostaria de apontar algumas coisas que notei durante o filme. Colocarei essas observações em pontos, começando pelas palavras do próprio filme:
“Não é só um livro! É uma arma. Uma arma direcionada aos corações e às mentes dos fracos e desesperados. O livro nos dará controle sobre as pessoas. Se queremos governar mais de um vilarejo, precisamos do livro. As pessoas virão de todas as partes e farão exatamente o que eu lhes mandar, se as palavras vierem do livro. Aconteceu antes e acontecerá de novo. Tudo que precisamos é aquele livro.” (Carnegie, ao ser confrontado por um dos seus)
A história inteira trata-se sobre a Bíblia, sobre a influência da mesma na nossa sociedade, sobre a sua importância, e sobre o mau-uso em contraste ao uso apropriado das suas palavras. Vemos que o filme não acusa a Bíblia como sendo responsável pelo seu mau-uso, pois Eli é retratado como bom exemplo de um indivíduo politicamente correto que segue as “verdades” bíblicas. Ele é o herói, pois ele põe em prática o que lê. Já o Carnegie representa os mau-intencionados, os sagazes manipuladores, que são capazes de torcer as verdades bíblicas com fins egoístas e gananciosos. Infelizmente, esse é um retrato verdadeiro de muitas igrejas na nossa sociedade hoje em dia. Encontramos líderes que professam ser evangélicos e fiéis às Escrituras, mas que simplesmente usam e distorcem a Palavra de Deus como instrumento para atingir seus próprios fins. Prometem curas e bens materiais, pregam prosperidade e um deus fraco, que lhe dará tudo que você desejar se você tiver o que dar em troca. Pregam o que a massa desesperada almeja ouvir e garante seu controle, mas estão, no final do dia, condenando a sua própria alma, assim como a alma dos milhares que os seguem. Mais uma vez, infelizmente, é o que vemos hoje em dia e atrai o olhar do mundo e os faz rir.
“Não, eu ando pela fé, não por vista. Significa que você sabe alguma coisa, mesmo que não saiba coisa alguma. Não precisa fazer sentido. É a fé, é a fé.” (Eli, explicando sua missão para Solara, uma jovem que ele encontra no seu caminho)
Pois é. Ao caminharmos pelo mundo, caminhamos pela fé, pois temos certeza das coisas que não vemos. É só ler Hebreus 11 para entender. No entanto, uma coisa com a qual discordo é que a fé precisa ser uma convicção sem sentido, como Eli nos explica. Muito pelo contrário, apesar da nossa fé e a revelação de Deus em Cristo não fazer sentido e ser até loucura para os que não são de Deus (1 Cor 1.18), Deus é o mesmo Deus que criou a lógica e, portanto, os que creem são muito capazes de entender o mistério da cruz e não possuem uma fé ignorante. Existem, claro, coisas que só descobriremos no além, pois não nos foi revelado tudo agora. Mas até lá, podemos falar com convicção que nossa fé faz sentido, e não é uma fé sem provas, pois encontramos tudo que precisamos para crer na Palavra de Deus e pelo testemunho interno do Espírito Santo.
"Durante todos esses anos nos quais carreguei e li a Bíblia todos os dias, me concentrei tanto em mantê-la salva que me esqueci de praticar aquilo que aprendi nela. (...) Faça aos outros mais do que você faria por você mesmo. Pelo menos, é o que eu consegui tirar dela.” (Eli, falando a Solara)
Algo que mais me saltou aos olhos durante o filme inteiro é que, apesar de ter um bom conteúdo e recitar a “regra áurea”, eu nunca o usaria como meio de evangelização.
Quando compartilhei isso com algumas pessoas, retrucaram que é claro que não poderia esperar mais nada de Hollywood... A maior indústria de filmes do mundo não está nem um pouco interessada em divulgar a nossa crença tão contrária a muitas coisas que pregam nos seus filmes. É claro, concordo plenamente.
Mas não deixo de me sentir incomodado pela enganação em massa quando assisto a um filme assim e vejo que isso pode refletir no viver de muitos crentes, até no meu. Tenho certeza de que muitos, mesmo com a mais “pura” das intenções, tentam “evangelizar” da mesma forma que o filme fala sobre a Bíblia. Falam sobre as virtudes, sobre as bênçãos, sobre o estilo de vida e até sobre Deus. Falam sobre tudo e, no entanto, sobre nada, pois em nenhum momento mencionam o nome de Jesus. Às vezes temos medo de chocar ou espantar as pessoas ao citarmos o nome do nosso Salvador. Sentimos vergonha, medo de sermos ridicularizados ou simplesmente achamos que é mais fácil atrair as pessoas sem incluir nosso Salvador na história. A todos que fazem isso ou fizeram, inclusive eu mesmo... devemos nos envergonhar!
Washington, ao ser questionado, numa entrevista sobre o filme, sobre o que aprendeu nas suas leituras bíblicas, falou o seguinte:
"Antes das refeições a gente sempre abençoa e agradece pela comida, fala uma prece e encerra com amém. ‘Deus é amor’. Eu achava que ‘Deus é amor’ era uma só palavra, por ser algo que você recita a toda hora, rapidamente, de maneira quase automática. Aos poucos, durante estes anos, fui aprendendo a recitá-las mais lentamente e percebi que são três palavras. Deus. É. Amor. Independente de qual a sua religião ou livro que esteja lendo, acho que esta é uma lição que ainda estamos aprendendo como pessoas, como raça. Não significa que meu Deus é amor, e o seu não. E aqui vou parafraseando de novo (risos): ‘Faça aos outros o que gostaria que fizessem a você’. Essa é a mensagem fundamental de todas as religiões, mas, de alguma maneira, nós distorcemos isso."
No final do filme, e vou tentar não estragar por completo (me perdoem!), vemos que a Bíblia finalmente encontra seu lugar numa estante, bem ao lado do Corão e de outros livros religiosos, mandando a mensagem de que todas as religiões são iguais e se encaixam na mesma categoria.
O que nos diferencia das outras religiões, se todas pregam a mesma coisa? Pregam a bondade, a busca pela redenção, pregam o amor e até falam sobre Deus. Sim, talvez todas as religiões são iguais, mas posso afirmar com mais absoluta certeza que somos diferentes, queridos, porque a nós nos foi dado o evangelho. A palavra evangelho vem do grego euangelion, que significa boas novas (eu = boa, angelion = mensagem). A Bíblia nos traz uma mensagem impossivelmente fantástica, incrível e boa (me faltam palavras) para todos que nela crerem: Jesus morreu por nós e ressuscitou, nos garantiu perdão, e abriu o caminho para estarmos com Deus apesar de todos os nossos pecados. Aleluia! Jesus é a razão de tudo! Ele é a mais linda revelação da Glória de Deus e, sem Ele, não há razão para nos alegrarmos. Se Ele não existisse, ao lermos a Bíblia, nós deveríamos nos desesperar profundamente, pois somos merecedores da ira de Deus sem o perdão dado por Cristo. Li em algum lugar que “a Bíblia sem Jesus é uma carta morta” e que é como ensinar “matemática sem números, física sem massa, e biologia sem vida”. Toda mensagem da Bíblia aponta para Jesus e sem Ele, não há motivo para evangelização.
O diabo com certeza não se incomoda em ver um filme assim e duvido que ele se incomode quando tentamos falar da Palavra de Deus sem incluir Jesus. Ele sabe que Jesus é o único meio de salvação e que, quando Ele está ausente, não há esperança. Devemos nos envergonhar de nós mesmos.
Paulo diz: “...não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê...” (Romanos 1.16)
Deixemos de ser hipócritas e evangelizemos, no sentido mais absoluto da palavra. O mundo precisa da luz de Cristo e não temos o direito de escondê-la.
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Talvez, há muitas outras coisas que poderiam ser ditas sobre o filme. Talvez você tenha em mente mais do que eu mencionei aqui, mas coloquei as três coisas que mais me saltaram aos olhos e mexerem com meu coração.
Mais uma vez, recomendo que assistam ao filme, mas com discernimento, assim como devemos assistir a todos os filmes. Muitas vezes, falhamos ao fazer isso e permitimos que as ideias contrárias à Palavra de Deus infiltrem na nossa mente e influenciem nosso pensar, andar e falar sem percebemos. Mas que Deus continue a nos abençoar com Sua misericórdia e sabedoria.